Juiz de Fora é um município cheio de oportunidades, liberdades, empregos, qualidade de vida, e uma rede de ensino e hospitalar invejável. Infelizmente essas benesses não são para todos os cidadãos, visto que mais de 56% da população sofre ainda de uma discriminação racial, que impossibilita que todos aproveitem de tudo.
O escritor Alexandre Müller Hill Maestrini entrevistou cinquenta e quatro personagens negros e negras de Juiz de Fora, exemplos de superação, histórias incríveis de resistência, força e ancestralidade.
Para o autor a importância de seu trabalho é reconhecer que nosso município foi um dos três mais escravocratas do Brasil colônia e até hoje segue com marcas de desigualdades de oportunidades e racismo estrutural enraizado.
Para Alexandre é necessário dar visibilidade e trazer a tona o assunto que continua velado na sociedade e encoberto por uma meritocracia que não leva em conta a equidade necessária para equilibrar as oportunidades.
O autor enfatiza uma mudança de paradigma, onde quem tem menos recebe mais, favorecendo a paz social e evitando o desperdício de talentos que ficaram por muitos anos relegados a trabalhos subalternos e de menor salário.
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